Recentemente o site da Revista Nova Escola, muito influente no mundo educacional postou um artigo questionando onde ficam as brincadeiras dentro do que eles chamaram de “fascismo” da tecnologia.
veja o artigo aqui.
Esse tipo de artigo em uma importante revista de Educação, é preocupante. Uma vez que, ao usar termos exagerados como fascismo trazem uma interpretação errada da tecnologia na Educação.
Muitos professores fogem das tecnologias por acharam que ela é totalmente ruim para o desenvolvimento da criança. Mas isso não é verdade, em uma sociedade como a nossa, é impossível fugir da tecnologia.
E ela é importante na aprendizagem de crianças, jovens e adolescentes, por trazer de volta a motivação, o raciocínio, e um universo de informações que podem levar o aluno até mesmo a saber mais sobre determinados assuntos do que seu professor.
O professor não deve ter medo da tecnologia. Ter medo, e não usar causa um estrago muito maior na aprendizagem do seu aluno frente a sociedade de hoje.
Qual necessidade de se usar a tecnologia em sala de aula?
As tecnologias estão em todo lugar hoje, fazem parte da maneira de se relacionar das pessoas, a escola precisa encarar a tecnologia enquanto instrumento de aprendizagem, e cabe aos professores ensinarem a como encarar a tecnologia da maneira certa.
Assuntos relacionados a como pesquisar, como ler e interpretar um texto são essenciais para que o alunos saiba beber corretamente da fonte da informação. E esses são apenas algumas habilidades necessárias no mundo tecnográfico.
Voltado ao artigo da Nova Escolas
Voltado ao artigo da Nova Escolas, o artigo traz a relevancia do brincar no contexto da escola. O brincar sim é muito importante, há estudos que comprovam isso, inclusive teorias citadas no artigo.
Mas trazer termos pesado em cima da tecnologia traz inúmeros equívocos dentro do contexto educacional. Que hoje ainda tende a encarar a tecnologia como algo ruim, que deve ser combatido.
A legislação da educação e a BNCC exigem o trabalho com uso das novas tecnologias veja o artigo 32 e o inciso II, ao falar do ensino fundamental o que a LDB diz:
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade
E a Base Nacional Comum Curricular atribui como competências gerais da educação básica.
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. BNCC p.7
A BNCC diz que não é apenas utilizar a tecnologia uma obrigação da escola, mas compreender e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica.
O que o professor e a escola deve fazer então?
Se a lei nos exige a inclusão da tecnologia dentro da educação básica, não incluir é como um crime. Você está negando do seu aluno uma aprendizagem que ele precisa ter!
O professor e a escola como um todo precisa se atualizar, buscar aprender novas habilidades, e propiciar ao aluno o senso crítico necessário para viver numa sociedade tecnológica como a nossa. Não há como regressar, a tecnologia vai avançar e se a escola não se preparar para ela, ela pode sim ser um problema futuro.
Ensine seus alunos as novas tecnologias, mas não se esqueça de trabalhar outras coisas também. brincar, se movimentar, praticar esportes, fazer arte são sim importantes.
O que concluo desse artigo para não ficar mais logo do que já está é que as novas tecnologias não devem ser encaradas como um problema, mas como uma ferramenta que a educação precisa aprender a dominar.